A Obra Pontifica da Infância Missionária foi fundada em 1843 por Mons.
De Forbin Janson e atualmente está presente em mais de 110 países ao redor do mundo.
Uma criança católica, que recebeu uma boa formação em casa e na catequese, deve manifestar a sua fé em atos concretos fazendo-se missionária na sua respectiva cidade e realidade. Além disso, o exemplo dos pequenos pode tocar com mais facilidade o coração de um adulto, do que as palavras de outros adultos.
O Papa Bento XVI destacou a importância de se cultivar nos pequeninos o espírito missionário: “Apraz-me recordar que, por ocasião da Epifania, se celebra o Dia Mundial da Infância Missionária. É a festa das crianças cristãs que vivem com alegria o dom da fé e rezam para que a luz de Jesus chegue a todas as crianças do mundo. Agradeço às crianças da “Santa Infância”, presentes em 110 países, porque são preciosos colaboradores do Evangelho e apóstolos da solidariedade cristã para com os mais necessitados. Encorajo os educadores a cultivar nos pequeninos o espírito missionário, para que nasçam entre eles missionários apaixonados, testemunhas da ternura de Deus e anunciadores do seu amor. Dirijamo-nos agora à Virgem Maria, Estrela da evangelização: por sua intercessão, possam os cristãos de todas as partes da terra viver como filhos da luz e conduzir os homens a Cristo, verdadeira luz do mundo”. (Papa Bento XVI, Ângelus, Solenidade da Epifania, 6 de Janeiro de 2006)
O Oratório Infantil nasceu do desejo de um grupo de mães e professoras de catequese que desejavam incluir os pequenos nessa obra de apostolado mariano. Assim as crianças tornam-se missionários mirins.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
A Infância Missionária.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Começo das aulas com Nossa Senhora
Para o início do ano letivo o Colégio Francisco de Assis, recebeu em peregrinação, a imagem do Imaculado Coração de Maria, para pedir graças, proteção e ânimo para os estudos.
Com a benção do Padre Érico Pitágoras, a diretora Profª Alba Agres C. de Carvalho
organizou a visita da Virgem as salas de aula desde o primário ao ensino
médio.
Fundo de ajuda “Misericórdia”
Os Arautos do Evangelho, através do fundo de ajuda “Misericórdia” teve por bem ajudar a Arquidiocese de Salvador nos gastos da cerimônia de beatificação da Irmã Lindauva Justo de Oliveira e as reformas do Mosteiro de Nossa Senhora da Anunciação e São José – Carmelo da Bahia.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Missa dominical na Catedral Metropolitana Basílica da Transfiguração do Senhor
É ela privilegiada por uma bela e harmoniosa arquitetura colonial-barroca, sendo que o seu interior é um convite sereno a oração e recolhimento de espírito.
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Meditação para o Primeiro Sábado de Março
“As ondas da morte me cercavam,
tragavam-me as torrentes infernais; na minha
angústia chamei pelo Senhor, de seu templo
ouviu a minha voz.” (Sl 17, 5 ss).
Antífona de entrada, IV Sem.Quaresma.
Preparação: O mês de março se abre nas semanas finais da Quaresma, com a Semana Santa, e nos convida a contemplar os padecimentos do nosso Divino Redentor. Em união com o Imaculado Coração de nossa Mãe consumido pelo infortúnio, repleto de angústias e cravado na cruz com seu Divino Filho, mas com a alma inundados de Fé inabalável na certeza de que viria a aurora da Ressurreição; e de que o mundo chegaria até o momento que em Fátima Ela prenunciou: Por fim o meu Imaculado Coração Triunfará!
Introdução:
Vamos contemplar a oração de Jesus, reconstruindo e analisando com nossa imaginação o ambiente onde Nosso Senhor rezou. Ele acabara de instituir a Eucaristia, mistério de amor de Deus, saindo a seguir do cenáculo, com os onze Apóstolos cantando a Aleluia.
Caminhavam em direção ao vale da torrente do Cedron, à luz brilhante da lua nos começos da primavera. Havia uma sombra no ar; em silêncio, chegaram ao horto de Getsêmani, na ladeira ocidental do Monte das Oliveiras. Ao pararem ali, tornou-se evidente, que a tristeza que haviam notado no Senhor, tornara-se muito mais profunda: parecia sentir “pavor e abatimento”. Os Onze sentiam-se deprimidos e inquietos.
Jesus deixou oito deles à porta do horto e acenou para que Pedro, Tiago e João O acompanhassem, as três testemunhas de sua transfiguração no Tabor; entrou e subiu com dificuldade a ladeira ...Um tédio profundo e um horror imenso, junto a uma tristeza inimaginável, se apoderaram de sua alma a ponto de exclamar: “A minha alma está numa tristeza mortal, - disse Ele. - “Ficai aquí e vigiai”.
Oração Inicial: Oh! Mãe Santíssima, sois a co-redentora; vós que aparecestes em Fátima, e quisestes que os Primeiros Sábados fossem dedicados a Vós em reparação de Vosso Sapiencial e Imaculado Coração pelos pecados que a humanidade comete. Neste momento pedimos vosso amparo, proteção e vossa intercessão para obtermos graças sobre graças, afim de bem meditarmos sobre este tão importante mistério da vida de Vosso Divino Filho, e que na oração no horto das Oliveiras, os meus sentimentos e desejos sejam os vossos.
Minha Mãe, infundi em minha alma toda espécie de graças e virtudes de Vosso Divino Esposo, o Espírito Santo, para que saia desta meditação mais compenetrado de minha vocação de um verdadeiro batizado. Assim seja!
Ave Maria, cheia de graça,...
I - A oração de Jesus. “Retirou-se Jesus para um lugar chamado Getsêmani...”
(Mt 26, 36)
Ele está só e conversa com o Pai. As mais belas passagens do Evangelho são aquelas em que o Filho do Homem conversa com o Pai. É a oração perfeitíssima, a oração por excelência; a mais substanciosa é esta oração de Nosso Senhor no Horto
Ele se dirige ao Getsêmani, que significa vale riquíssimo, vale da superabundância. Fica junto ao Monte das Oliveiras — era um lugar usado pelos Apóstolos e por Ele, sobretudo para a oração. Alguns Apóstolos tinham um acesso facilitado àquele local. Era um horto, era um jardim, e dentro desse jardim havia umas grutas, e Nosso Senhor para ai se retira.
1 – Retirou-se.
Pensemos nisso. Nosso Senhor sabia que tinha chegado o momento, a hora de sua morte: Ele estava, portanto, diante do espectro terrível da morte. O que faz Ele antes de ser preso, para iniciar a sua Paixão?
Ele se recolhe e faz uma noite inteira de vigília, uma noite inteira de oração. Ele vai para um lugar retirado, onde costumava rezar. “Disse-lhes: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou alí rezar...”
Os apóstolos iam também passar por tomentos. Ele queria que os apóstolos mais débeis, os que não tinham assistidos a Transfiguração, descansassem, repousassem, porque a batalha que eles iam enfrentar seria tremenda.
Ele vai orar. Rezar é elevar a mente a Deus. Ora, Nosso Senhor tinha sua alma, desde o primeiro momento
de sua criação, na visão beatífica. Portanto, estava na presença de Deus contemplando-O.
2 - O que significava para Nosso Senhor a oração?
Ele enquanto Deus era igual ao Pai e está em união com o Pai.
Enquanto homem tem sua alma na visão beatífica. Significa que apesar de ser Deus, havia chegado o momento tão extraordinário, do cumprimento de sua missão; diante desse momento, Ele faz questão de rezar!
Para nos obter graças, pois todos passaremos pela morte. A morte é de destino de todos nós. Por mais que nos iludamos, por mais que freqüentemos os melhores médicos: alopatia ou homeopatas,
vitaminas, etc., por mais que tomemos, a morte dia a dia vai se aproximando.
3 - As ilusões da idade
Quando somos jovens, temos orgulho da pele que temos, de nossa face, dos olhos, etc.... veremos naquele espelho que não mente, pouco a pouco, a nossa fisionomia se enrugar; nossa pele que vai perdendo seu viço. E, de uma hora para outra, surgirá uma senhora implacável: a morte!
Assim, a razão pela qual Nosso Senhor retirou-Se, passou a rezar e entrou em agonia, foi para comprar-nos graças para este momento tão em que a alma se separa do corpo. Nada causa mais dor, do que em determinado momento, sentir nossa alma arrancando-se do corpo. Vemo-nos já sem forças, respirando com dificuldades e percebendo que o momento chegou: é a morte!!
Foi com vistas a obter-nos graças especialíssimas, que Ele foi ao horto das Oliveiras, e apesar de ser Deus, tinha assumido um corpo padecente como o nosso; foi rezar para obter forças para Si, porque também para Ele a morte significava uma dor. Sentiu medo, a ponto de dizer a Escritura:
“E, tomando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a
entristecer-se e a angustiar-se...” ( Mt 26, 38).
Quem não tem tristeza e angustia face a morte ?
É preciso que meditemos sobre este episódio de nossa vida; a morte. Viagem para a eternidade, uma viagem sem retorno, viagem com um salto que jamais volta atrás; é uma outra vida onde não existe mais relógio, nem aflições, (desde que se passe para a eternidade celeste). Deixaremos tudo para trás, inclusive o próprio corpo, que merece tantos cuidados nossos.
Ponto de reflexão: - Quantas horas perdidas diante de um espelho, quanto cuidado com este ou aquele aspecto nosso; tudo ficará enterrado sete palmos abaixo da terra ?
* * * * *
II- Agonia: Jesus bebe o cálice do sofrimento.
Ele faz a seguinte oração verdadeiramente comovedora:
“Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice”, mas não se faça como Eu quero e sim como Tu queres".
Na natureza humana dEle, evidentemente que ele se pergunta: que utilidade vai ter todo esse sacrifício pelo qual Eu vou passar, uma vez que há essa enormidade de pecado. Qual é a utilidade? Que utilidade tem o meu Sangue que Eu vou derramar? De que adiantará? E Ele se põe o problema: vale a pena?
Então faz uma oração toda ela feita de respeito, toda ela feita de resignação:
"Se, entretanto essa for a vossa Vontade, seja feita a vossa Vontade e não a minha”. E aí entra a caridade, Ele é a Caridade. Ele se levanta porque Ele está preocupado, depois de uma hora de oração, em saber como estão os Apóstolos, se eles não precisam de ajuda. E vai até eles, e os encontra dormindo.
Ele acorda um deles que é Pedro: "então, não pudestes vigiar uma hora coMigo? Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto mas a carne é fraca".
Ele diz a Pedro que é preciso antes de tudo vigiar e depois orar, porque se Ele dissesse só orar estaria sumamente incompleto.
1 – Porque não basta só rezar.
Um santo que seja de virtude comprovada durante toda a sua vida, um inocente, se este inocente só rezar e não vigiar, ele cai. Por quê? Porque não basta rezar.
Ponto de reflexão: é preciso estar atento! . O que leva ao pecado eu devo evitar porque o que não for evitar a ocasião próxima de pecado traz como conseqüência que só a oração não vai me manter, porque a minha natureza é débil e eu sou levado a ser arrastado por ela ainda que eu reze se não evitar a ocasião. Eu devo evitar as companhias que me fazem mal. Eu devo evitar as ocasiões próximas de pecado: os maus cartazes que ficam pelo meu caminho, as más leituras, um mau programa de televisão, uma má conversa. E, por isso é preciso vigiar, é preciso estar inteiramente aceso com os perigos, com os riscos.
Ele diz: ”permanecei aqui, e vigiai comigo”. Ele quer que se vigie. Mais do que incutir o espírito de oração, Ele incute o espírito de vigilância.
2 – Jesus transpira seu Preciosíssimo Sangue por nós!
Recolhamo-nos um pouco mais profundamente e contemplemos essa maravilha:
Jesus está a sós numa gruta no Horto das Oliveiras, e Ele com a grandeza dEle, com a majestade dEle se ajoelha e ora. O que aconteceu com Ele que é a nossa Cabeça, Cabeça do Corpo Místico, Cabeça da Igreja, acontece conosco também, pois temos também uma cruz para carregar. Ele, transpira Sangue! Tal é a meditação que Ele faz a respeito de todo sofrimento, de todo sacrifício, de tudo que é preciso da parte Dele, que que o Sangue embebe a terra.
Quando Adão e Eva no Paraíso pecaram, Deus amaldiçoou a Terra: "ganharás o pão com o suor de teu rosto". O suor de Adão, o suor de Eva derramou-se na terra que estava amaldiçoada. Essa mesma terra -- porque há uma lenda áurea, há uma fábula que conta que Adão e Eva estiveram trabalhando neste Horto das Oliveiras e ali deitando suor -- e nesta terra desceu o Sangue Preciosíssimo de Nosso Senhor Jesus Cristo para arrancar a maldição da Terra e deitar ali sua bênção.
Então compreendemos a grande lição de Jesus no Horto das Oliveiras; ao nos ser apresentado o convite à resignação, sobretudo a aceitação da dor, do sofrimento, e até da derrota e do fracasso, se for preciso.
Alguém objetará: “É muito difícil resignar-se a carregar a dor por essa forma”. A resposta, nosso divino Salvador nos deu na Agonia do Horto; posto diante de todo o sofrimento que O aguardava, Ele disse ao Pai Eterno: “Se for possível, afaste-se,de mim este cálice. Mas seja feita a vossa vontade e não a minha”.
O resultado é que veio um Anjo consolar Nosso Senhor.
Essa é a posição que cada um de nós deve ter em face de suas próprias dores: se for possível, que elas sejam afastadas de meu caminho. Porém, seja feita a superior vontade de Deus e não a minha. E a exemplo do que ocorreu com Jesus no Horto, a graça nos consolará também, nas provações que Maria Santíssima nos enviar.
3 – Utilidade desta meditação.
Essa é uma meditação útil para nós. Para que nós compreendamos o quanto é necessário o sofrimento também para nós, porque na Missa nós veremos o sacerdote colocando uma gota de água,
um pouco de água no cálice, e essa gota de água significa o nosso sofrimento. E quanto é necessário que nós acompanhemos Nosso Senhor nesse e em todo transe de sua Paixão. E por isso ao
terminarmos essa meditação pedimos a Nossa Senhora graças especialíssimas e agradeçamos a Ela por ter-nos permitido estar aqui.
Oração Final
Ó Virgem Santíssima, Vós que fostes à companheira de Jesus à distância no Horto das Oliveiras. Vós que também acompanhastes passo a passo a Paixão e de forma especial esta oração por Ele feita no Horto, nós terminamos esta meditação oferecendo-a em desagravo ao vosso Sapiencial e Imaculado Coração por todas as faltas, por todos os crimes, por todos os horrores que se cometem no mundo hoje, outrora e até o fim do mundo. E Vos pedimos ó Mãe que nos deis sempre graças sobre graças para vivermos dentro desta perspectiva de quanto é necessário para mim também os sofrimentos, e quanto eu mesmo causei dores a Nosso Senhor em sua Paixão e especialmente nessa oração que Ele fez no Horto. Dai-nos ó Mãe a graça de confiar na Bondade dEle, na Misericórdia dEle que também é a vossa Bondade, a vossa Misericórdia, para o perdão de todas as minhas faltas. E dai-me a convicção de que, uma vez arrependido e pedindo perdão, que todas as minhas faltas me são perdoadas. Assim Seja!
Meditação pronunciada na Catedral da Sé de São Paulo, dia 7 de fevereiro de 2004 *
pelo Revmo. Pe. João Clá Dias. (texto com pequenas adaptações para linguagem escrita – sem revisão do autor).
Padre João Scognamiglio Clá Dias
Em 1970 iniciou uma experiência de vida comunitária a fim de melhor se dedicar ao apostolado, em um antigo imóvel beneditino, em São Paulo. O movimento de evangelização se desenvolveu a ponto de ser reconhecido pela Santa Sé em 2001, como uma Associação Internacional de Direito Pontifício, os Arautos do Evangelho, que hoje estende suas atividades a 57 países.
Em todos os ambientes nos quais atuou, o Pe. João Clá destacou-se por seu testemunho de fé, sempre vivida e transmitida com alegria. Dotado de admirável oratória, proferiu palestras em vários auditórios da Europa e das Américas, demonstrando habilidade em infundir nos corações o entusiasmo para as verdades da Fé, o ânimo para a prática das virtudes e a certeza da vitória da Santa Igreja Católica na guerra contra o materialismo, o hedonismo e o relativismo dos nossos dias.
Seu ardente desejo de evangelizar moveu-o a escrever obras que tiveram grande divulgação, com tiragens de centenas de milhares de cópias (chegando algumas a superar um milhão de exemplares), publicadas em português, espanhol, inglês, italiano, francês, polonês e albanês: “Fátima, aurora do terceiro milênio”, “O Rosário, a oração da paz”, “Sagrado Coração de Jesus, tesouro de bondade e de amor”, “Medalha Milagrosa, história e celestiais promessas”, “Via Sacra”, “Jacinta e Francisco, prediletos de Maria”, “Os Mistérios Luminosos do Rosário”, “Orações para o dia-a-dia” e outras. Três livros devem ser mencionados em especial pelos trabalhos prévios de pesquisa: “Mãe do Bom Conselho”, “Dona Lucília” e “Comentários ao Pequeno Ofício da Imaculada Conceição”.
É membro, dentre outras, da Sociedade Internacional Tomás de Aquino e da Academia Marial de Aparecida. Foi condecorado em diversos países por sua atividade cultural e científica, recebendo, por exemplo, a Medalha de Ciências do México. Desde 2002 tem publicado regularmente os comentários ao Evangelho, na revista Arautos do Evangelho, com edições em português, espanhol e italiano.